A colheita de café do Brasil atingiu 40% do total projetado para a temporada 2021/2022 até o dia 22 de junho, avanço semanal de seis pontos percentuais. Apesar disso, o levantamento divulgado nesta quinta-feira (24) pela Safras & Mercado aponta que segue com atraso na comparação com a média histórica de cinco anos (44%) para esta época.
O ritmo de colheita está levemente abaixo do ano passado para o período (41%), quando o país teve uma produção recorde. Neste ano, produtores estão colhendo menos devido ao ciclo de baixa do café arábica e também por conta dos efeitos de uma prolongada seca.
Por outro lado, a condição seca favorece o avanço dos trabalhos de colheita, disse o consultor Gil Barabach, ressaltando que a condição climática também colabora com o beneficiamento. "Tanto a colheita de arábica como de conilon mantém o bom ritmo, embora ainda atrasadas", destacou.
O Brasil já colheu 22,86 milhões de sacas, considerando uma safra estimada pela consultoria em 56,5 milhões de sacas de 60 kg, segundo relatório. A colheita de arábica chegou a 27% da produção, contra 32% em igual época do ano passado e 35% da média histórica para o período. "O perfil segue positivo, tanto em termos de granação como da bebida. Mesmo assim, ainda é cedo para traçar um parecer mais seguro sobre a safra", comentou em nota.
Já no canéfora (conilon), os trabalhos alcançaram 63% da safra, em linha com igual período do ano passado, porém ainda aquém dos 69% de média para o período nos últimos cinco anos."A maturação mais lenta, retardando o início dos trabalhos, e a safra maior deste ano explicam essa performance", apontou o consultor.
As informações são da Reuters.
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